Livreto - Celebração Penitencial

 RITOS INICIAIS


CANTO DE ENTRADA

Reunido o povo, o sacerdote dirige-se com os ministros ao altar, enquanto se executa o canto de entrada.

 fitos no Senhor, pois ele tira os meus pés das armadilhas. Voltai-vos para mim, tende piedade, porque sou pobre, estou sozinho e infeliz! (Cf. Sl 24, 15-16)


SAUDAÇÃO

Chegando ao altar, faz com os ministros uma profunda inclinação, beija o altar em sinal de veneração e, se for oportuno, incensa a cruz e o altar. Depois se dirige com os ministros à cadeira. 

Terminado o canto de entrada, o sacerdote e os fiéis, todos de pé, fazem o sinal da cruz, enquanto o sacerdote, voltado para o povo, diz:
Pres.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
O povo responde:
℟.: Amém.

Em seguida, o sacerdote, abrindo os braços, saúda o povo:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
℟.: Ele está no meio de nós.
O sacerdote, o diácono ou outro ministro poderá, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na Missa do dia.

ORAÇÃO 

Em seguida, o diácono, ou outro ministro, ou o próprio sacerdote, explica o sentido da celebração e convida a orar, com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Irmãos, uma vez que todos somos solidários no pecado e na penitência, cada um deve sentir-se chamado à conversão, para santificação de toda a comunidade. Oremos, pedindo a Deus que, pela penitência, nos unamos a Cristo, crucificado pelos nossos pecados, e desse modo nos tornemos participantes, com todos os homens, na sua ressurreição.
O povo responde:
℟.: Amém.

Ajoelhai-vos (ou: Inclinai-vos diante de Deus).

E todos oram em silêncio durante alguns momentos.
Levantai-vos.

Depois, o presidente diz:
Pres.: Senhor, nosso Deus e nosso Pai, que nos concedestes a vida pela paixão do vosso Filho, fazei que, unidos à sua morte pela penitência, mereçamos participar, com todos os homens,  na sua ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
O povo responde:
℟.: Amém.


LITURGIA DA PALAVRA

PRIMEIRA LEITURA
(Ex 3, 1-8a. 13-15)

O leitor dirige-se ao ambão para a primeira leitura, que todos ouvem sentados.
Leitor: Leitura do Livro de Isaías

Quem acreditou no que ouvimos dizer? A quem se revelou o braço do Senhor? O meu servo cresceu diante do Senhor como um rebento, como raiz numa terra árida, sem distinção nem beleza para atrair o nosso olhar nem aspecto agradável que possa cativar-nos. Desprezado e repelido pelos homens, homem de dores, acostumado ao sofrimento, era como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para nós. Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores. Mas nós víamos nele um homem castigado, ferido por Deus e humilhado. Ele foi trespassado por causa das nossas culpas e esmagado por causa das nossas iniquidades. Caiu sobre ele o castigo que nos salva: pelas suas chagas fomos curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, cada qual seguia o seu caminho. E o Senhor fez cair sobre ele as faltas de todos nós. Maltratado, humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca. Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca. Aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento. Mas, se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá longos dias e a obra do Senhor prosperará em suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria. O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades. Por isso, Eu lhe darei as multidões como prémio e terá parte nos despojos no meio dos poderosos; porque ele próprio entregou a sua vida à morte e foi contado entre os malfeitores, tomou sobre si as culpas das multidões e intercedeu pelos pecadores.
Para indicar o fim da leitura, o leitor aclama:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos aclamam:
℟.: Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL

 Senhor, sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me.

Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?
Como estais longe da minha oração, 
das palavras do meu lamento!
Meu Deus, clamo de dia e não me respondeis,
clamo de noite e não me prestais atenção.

Eu sou um verme e não um homem,
o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe.
Todos os que me vêem, escarnecem de mim,
estendem os lábios e meneiam a cabeça.

Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,
posso contar todos os meus ossos.
Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica.

Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,
sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me.
Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,
hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.

Hão-de lembrar-se do Senhor e converter-se a Ele
todos os confins da terra;
e diante d’Ele virão prostrar-se
todas as famílias das nações.

SEGUNDA LEITURA
(Ex 3, 1-8a. 13-15)

O leitor dirige-se ao ambão para a primeira leitura, que todos ouvem sentados.
Leitor: Leitura da Primeira Epístola de São Pedro

Caríssimos: Se vós, fazendo o bem, suportais o sofrimento com paciência, isto é uma graça aos olhos de Deus. Para isto é que fostes chamados, porque Cristo sofreu também por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado algum e na sua boca não se encontrou mentira. Insultado, não pagava com injúrias; maltratado, não respondia com ameaças; mas entregava-Se Àquele que julga com justiça. Ele suportou os nossos pecados no seu Corpo, no madeiro da cruz, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas chagas fomos curados. Vós éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes para o pastor e guarda das vossas almas.
Para indicar o fim da leitura, o leitor aclama:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos aclamam:
℟.: Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
               
GLÓRIA A CRISTO, PALAVRA ETERNA DO PAI,
QUE É AMOR!

Convertei-vos, nos diz o Senhor, porque o Reino dos céus está perto. (Mt 4, 17) ℟.

GLÓRIA A CRISTO, PALAVRA ETERNA DO PAI,
QUE É AMOR!

Enquanto isso, o sacerdote, quando se usa incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
℣.: Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho  e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio.

EVANGELHO
(Lc 13,1-9)

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e velas, e diz:
℣.: 
O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
℟.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Proclamação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
e, enquanto isso, faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito.
O povo aclama:
℟.Glória a vós, Senhor.

Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
℣.: 
Naquele tempo, Jesus e os discípulos subiam a caminho de Jerusalém. Jesus ia à sua frente. Os discípulos estavam preocupados e aqueles que os acompanhavam iam com medo. Jesus tomou então novamente os Doze consigo  e começou a dizer-lhes o que Lhe ia acontecer: «Vede que subimos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Vão condená-l’O à morte e entregá-l’O aos gentios; hão-de escarnecê-l’O, cuspir-Lhe, açoitá-l’O e dar-Lhe a morte. Mas ao terceiro dia ressuscitará».Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».
Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote aclama:
℣.: Palavra da Salvação.
O povo aclama:
℟.Glória a vós, Senhor.

Depois beija o livro, rezando em silêncio.

HOMILIA

Em seguida, faz-se a homilia, que compete ao sacerdote ou diácono; ela é obrigatória em todos domingos e festas de preceito e recomendada também nos outros dias.

ATO PENITENCIAL 

Após o exame de consciência, o sacerdote convida os fiéis ao acto penitencial com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: O Irmãos: Cristo sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus passos, e entregou-Se voluntariamente à morte para nos curar pelas suas chagas. Peçamos perdão a Deus, por nós e por todos os homens, reconhecendo que somos pecadores.

Todos juntos:
℟.: a Deus todo-poderoso 
e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras, actos e omissões, e batendo no peito: por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos,
que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.

Após uns breves momentos de silêncio, todos prosseguem em conjunto, cantando ou dizendo:

Pai nosso, que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino;
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação;
mas livrai-nos do mal.

O sacerdote conclui, dizendo:
Pres.: 
Livrai-nos de todo o mal, Senhor nosso Deus e nosso Pai, e pela bem-aventurada paixão do vosso Filho, ao qual nos unimos pela penitência,
fazei-nos participar, com alegria, na sua ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo
.
℟.: Amém
 

Canto
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