Livreto Celebrativo - Bênção e Lançamento da Pedra Fundamental da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe


LIVRETO CELEBRATIVO 

BÊNÇÃO E LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

03.07.2024

Presidida por Sua Excelência Dom Eduardo Taras
Terreno da nova Paróquia

INTRODUÇÃO

No início da construção de uma nova igreja, convém celebrar um rito para implorar a bênção de Deus sobre a obra e lembrar aos fiéis que a casa a ser construída de pedras será sinal visível da Igreja viva ou Edifício de Deus formada por eles próprios.
Conforme o uso litúrgico, este rito consta da bênção da área da nova igreja e da bênção e colocação da pedra fundamental.
Por conseguinte, mesmo onde, por arte peculiar e modo de construir, não se empregar a pedra fundamental, faz-se mister celebrar a bênção do terreno da nova igreja no início da obra a ser dedicada a Deus.

O rito da colocação da pedra fundamental ou do início da construção da nova igreja pode realizar-se em qualquer dia e hora, à exceção do Tríduo Pascal; contudo, escolha-se de preferência um dia em que os fiéis possam reunir-se em maior número.

Convém que o rito seja presidido pelo Bispo da diocese; porém, se não o puder fazer pessoalmente, delegue a função a outro Bispo ou sacerdote, principalmente a um seu direto auxiliar na cura pastoral da diocese ou da comunidade para a qual se edifica a nova igreja.

Sejam os fiéis avisados a tempo quanto ao dia e hora da celebração e, pelo pároco ou por outros responsáveis, sejam instruídos sobre o sentido do rito e sobre a veneração que se deve ter para com a igreja, que eles se edifica.
Convém, ainda, sejam os fiéis convidados a auxiliar, livremente e de bom grado, na sua construção. 

Cuide-se de que, na medida do possível, a área da futura igreja seja bem demarcada e se possa andar à sua volta com facilidade. 

No lugar onde se erguerá o altar, levanta-se uma cruz de madeira de conveniente altura.
Usam-se neste rito paramentos brancos ou festivos. Preparem-se pois:
— para o Bispo: alva, estola, capa de asperges, mitra e báculo pastoral;
— para o Sacerdote, quando é este quem preside à celebração: alva, estola e capa de asperges;
— para os diáconos: alvas, estolas, e, se for oportuno, dalmáticas;
— para os outros acólitos: alvas ou outras vestes legitimamente aprovadas.


RITO DA BÊNÇÃO

PRIMEIRA PARTE - CHEGADA AO LOCAL DA FUTURA IGREJA

A reunião do povo e sua ida ao local onde se desenrolará o rito, tendo em vista as condições de tempo e de lugar, se processarão de um dos modos abaixo indicados:

A. Primeiro modo: Procissão
À hora marcada, congreguem-se os fiéis em lugar apropriado, donde irão processionalmente até o local designado.

O Bispo, paramentado, com mitra e báculo, junto com os ministros, aproxima-se do povo reunido, e inicia a celebração com o sinal da cruz:
Pres: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
O povo responde:
Ass: Amém.

Por fim, saúda o povo, com estas palavras ou outras semelhantes, tiradas de preferência da Sagrada Escritura:
Pres: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
Ass: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 

Em seguida, o Bispo dirige breves palavras aos fiéis para os dispor à celebração e realçar o sentido do rito.

Terminada a exortação introdutória, o Bispo diz:
Pres: Oremos.
E todos rezam em silêncio por algum tempo. Depois o Bispo prossegue:
Pres: Ó Deus, vós estabelecestes a Igreja santa edificada sobre o fundamento dos Apóstolos, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. Concedei ao povo reunido em vosso nome que vos adore, vos ame, vos siga, e se transforme em templo da vossa glória, até que, tendo-vos à frente, chegue à cidade celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

Dita a oração, o Bispo recebe a mitra e o báculo; o diácono, se for o caso, diz:
Diác: Caminhemos na paz do Senhor.
A procissão organiza-se como de costume: à frente o crucífero entre dois acólitos com tochas acesas; depois, o clero, seguido pelo Bispo os diáconos assistentes e outros ministros; por fim, os fiéis. Durante a procissão canta-se um canto apropriado.


SEGUNDA PARTE - PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

Leem-se um ou mais textos da Sagrada Escritura, escolhidos principalmente dentre os contidos no lecionário do Pontifical Romano, para o Ritual da Dedicação da Igreja, intercalando-se um salmo responsorial ou outro canto. Contudo, convém fazer, mormente se houver o rito da colocação da primeira pedra, uma das seguintes leituras:


LEITURAS DA SAGRADA ESCRITURA
At 4, 8-12

Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, 
e que se tornou a pedra angular. 

Leitor: 
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: 'Chefes do povo e anciãos: hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, - aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos - que este homem está curado, diante de vós. Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos'.
Leitor: Palavra do Senhor.
Ass: Graças a Deus.


SALMOS RESPONSORIAIS
Sl 117(118),1-2.16ab-17.22-23(R. 1Cor 3,11)

— Não há outro fundamento a não ser Cristo Jesus.

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”

— A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas ao contrário, viverei para contar as grandes obras do Senhor!

— A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular; pelo Senhor é que foi feito tudo isso! Que maravilhas ele fez a nossos olhos!

EVANGELHO
Lc 6, 46-49

Colocou o alicerce sobre a rocha.

Segue-se o Aleluia ou outro canto.

Enquanto isso, o sacerdote, se usar incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
Diác: Dá-me a tua bênção.

O sacerdote diz em voz baixa:
Pres: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono responde:
Diác: Amém.

Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio;
Pres: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho.

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e as velas, e diz:
Diác ou Sac: O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
Ass: Ele está no meio de nós.

Sac ou Diác: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Ass: Glória a vós, Senhor.

O diácono, ou o sacerdote, fazendo o sinal da cruz no livro e, depois, na fronte, na boca e no peito, diz:
Sac ou Diác: Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo? Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída. Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”.
Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote diz:
Diác ou Sac: Palavra da Salvação.
O povo aclama:
Ass: Glória a vós, Senhor.

O sacerdote beija o livro, rezando em silêncio:
Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.

Terminada as leituras, haja uma homilia, que explique de modo consciente as leituras bíblicas e manifeste o sentido do rito: Cristo é a pedra angular da Igreja; a casa a ser edificada pela Igreja viva dos fiéis será ao mesmo tempo casa de Deus e casa do Povo de Deus.

Depois da homilia, segundo o costume do lugar, poder-se-á ler a ata da bênção da primeira pedra e do início da construção da igreja, se ser assinada pelo Bispo e pelo delegado daqueles que se encarregam de sua edificação; será posta nos alicerces junto com a primeira pedra.

TERCEIRA PARTE - BÊNÇÃO DA ÁREA DA NOVA IGREJA

Terminada a homilia, o Bispo retira a mitra, levanta-se e abençoa o terreno da nova igreja, dizendo: 
Pres: Oremos.
Deus, que envolveis o universo com vossa santidade, de tal forma que vosso nome é glorificado em todo lugar, abençoai estes vossos filhos e filhas que, por donativo ou trabalho prestado, prepararam esta área para que aqui se levante uma igreja; e fazei que, com a mesma unidade dos corações e alegria dos espíritos, presentes a esta construção que hoje começamos, venham eles em breve celebrar neste templo os mistérios divinos e para sempre vos louvar nos céus. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém. 

Em seguida, o Bispo coloca a mitra e asperge com água benta o terreno da nova igreja; pode fazê-lo de pé no meio da área ou processionalmente, caminhando, com os acólitos, ao redor dos fundamentos. Neste último caso, canta-se um canto apropriado. 

CONCLUSÃO DO RITO

Terminado o canto, o Bispo depõe a mitra. Inicia-se, então, a oração dos fiéis com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Supliquemos, irmãos e irmãs, a Deus Pai onipotente. Ele faça com que aqueles que aqui reuniu para a construção de uma nova igreja para si, se ornem um templo vivo de sua glória, edificados sobre Cristo, seu Filho, a pedra angular; e digamos:
Ass: Abençoai, Senhor, e guardai a vossa Igreja.

1. Que destruída toda divisão do pecado, o Pai reúna os filhos dispersos, peçamos ao Senhor.

2. Que todos aqueles que assumem o pesado encargo desta obra por donativos e trabalhos, sejam sempre fundados sobre a pedra firma, a Igreja, peçamos ao Senhor.

3. Que nossos irmãos, proibidos por circunstâncias adversas de construir igrejas dedicadas ao nome de Deus, se empenhem em edificar a si mesmos como templo vivo, para testemunharem sua fé e adoração, peçamos ao Senhor.

4. Que todos nós aqui presentes, purificados pelo contato com Deus, sejam capazes de nos iniciar nos divinos mistérios a serem celebrado neste lugar, peçamos ao Senhor.

Em seguida, o Bispo introduz a oração dominical por estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Unamos a voz da Igreja orante à voz de Cristo, rezando ao Pai do céu com as palavras que o Filho nos ensinou. Digamos, juntos:
Ass: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O Bispo prossegue:
Pres: Nós vos glorificamos, Senhor, Pai santíssimo, porque com bondade concedeis a vossos fiéis já constituídos pela água do batismo um templo a vós dedicado, que levantem edifícios sagrados; olhai com bondade para estes vossos filhos e filhas que exultantes se reuniram para iniciar a construção de nova igreja, até que, purificados pela graça, vossa mão os coloque na cidade celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém. 

O Bispo, com mitra e báculo, abençoa o povo como de costume; o Diácono despede o povo, dizendo:
Pres: Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
Ass: Graças a Deus.
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